Receita de paçoquinha de baru
23.10.18
Confira a paçoquinha de baru que rolou ao vivo em nosso estande durante o Vegfest Brasil 2018.
Participação mais do que especial da mestra Conceição Trucom e da Chef Malu Paes Leme.
Em nossa receita utilizamos nossa grande jóia da Chapada dos Veadeiros: Mindu Baru.
Do Cerrado para o Mundo! Nosso creme de amendoim e castanha de baru tem a força do Cerado, bioma tão ameaçado, mas que continua mostrando sua força e vida pulsante.
O baru é uma “superfood” brasileiríssima, fonte de ferro, magnésio, antioxidantes, alto teor de proteínas e gorduras saudáveis.
Por aqui a gente ama esta castanha e quer cada vez mais compartilhar com todos vocês os sabores e os saberes do Cerrado. Assim podemos todos juntos contribuir para a valorização deste bioma, berço das águas do Brasil.
Gratidão Cerrado pelas suas belezas e super alimentos! Gratidão equipe Doce Limão pelas imagens!
Confira nossa receita aqui:
Visite também nosso IG e FB. Delicie-se!
Você conhece a lobeira?
06.10.18
Só vai conhecer este fruto quem for bom conhecedor do Cerrado!
Uma super dica pra ajudar: ele compõe praticamente a metade da dieta do lobo-guará, que mostramos há uns posts atrás.
Aí fica fácil, né? Fruto do Lobo, ou Lobeira.
E, sim, seu nome é uma menção direta ao lobo-guará, dada sua vital importância na dieta deste animal.
Aliás, compreender a relação incrivelmente simbiótica desta planta com o lobo é vislumbrar a magia do Cerrado. Olha só:
A lobeira é uma árvore baixinha, cinco metros no máximo, e é considerada uma espécie pioneira, daquelas bem resistentes e primeiras a surgir em uma área degradada, com solos erodidos e ácidos.
O lobo come os frutos, que além de nutri-lo eliminam vermes, em especial um bem frequente que ataca seus rins e pode ser fatal. Ele costuma defecar bem em cima de cupinzeiros para demarcar seu território. Cupins e formigas agradecem a iguaria e carregam as sementes ali presentes para o fundo de seus túneis, de onde brotam e crescem fortes. Em pouco tempo, a lobeira começa a atrair outras espécies de animais, que por sua vez trazem mais sementes que germinam e crescem protegidas pela arvorezinha e, assim, aos poucos a paisagem vai se transformando.
O fruto, apesar de exalar um cheiro doce delicioso quando maduro, é um tanto impalatável.
Tem gente aqui no Cerrado que faz geléia ou doces com ele. A gente prefere deixar para o lobo!
Quando visitar o Cerrado, você vai ver que esta planta é onipresente, em especial em áreas degradadas como beiras de estradas. Infelizmente, assim como o próprio lobo, está sumindo à medida que avançam os monocultivos de soja, cereais e a pecuária na região.
Quer proteger a lobeira e seu lobo?
Diminua o consumo de produtos que estão fazendo o Cerrado desaparecer (carne e rações para pets feitas à base de soja e milho).
Cá pra nós, é muito legal a gente ter um lobo frugívero, né não? Que nos sirva de inspiração!
Bom sábado!
Visite também nosso IG e FB. Delicie-se!
Torrando Castanha de Baru
04.10.18
Sabe aquela sensação de quando você está diante de um verdadeiro tesouro? É isso que sentimos pela castanha de baru.
Primeiro, a castanha de baru é colhida por pequenos produtores extrativistas da Chapada dos Veadeiros.
Eles andam vários quilômetros Cerrado adentro colhendo os frutos maduros caídos no chão.
Depois, o fruto, que tem uma concha dura de quebrar os dentes, é quebrado um por um.
Lá dentro, a jóia do Cerrado.
Com gosto semelhante ao amendoim, o baru é rico em ômega 6 e 9, minerais como ferro, zinco, fósforo, cálcio e magnésio além de ter aminoácidos essenciais e alto teor de proteínas: 29,6%, mais que a castanha-do-pará e de caju.
E em nossa fábrica, segue a magia: torrefação e a moagem lenta e em baixas temperaturas em nossos moinhos de pedra.
A gente sabe o valor do alimento que a gente produz e como ele beneficia não só nossa saúde e criatividade culinária, mas também ajuda a manter o Cerrado de pé contribuindo com diversos produtores extrativistas.
E nós também temos a jóia da Bioporã: nosso Mindu Baru feito apenas de amendoim e castanha de baru.
Já falamos antes da castanha de baru por aqui!
Alimento de verdade, feito por pessoas de verdade!
Delicie-se!
Acesse também nosso IG & FB para outras informações 🙂
Tahine Cru Bioporã X Tahines Convencionais
27.09.18
Você sabe qual a diferença entre o Tahine Cru Bioporã e os tahines convencionais?
Daria pra dizer que a diferença é muito simples: enquanto utilizamos gergelim cru, os tahines convencionais usam gergelim torrado. Mas… E por quê?
Bora lembrar um pouco dos princípios da alimentação viva, dieta na qual os alimentos não são expostos à temperaturas superiores à 43 graus Celsius.
Os alimentos crus são ricos em enzimas que têm o potencial de auxiliar a digestão. Muito mágico isso, por sinal. Como se a evolução daquele alimento tenha um paralelo íntimo com a própria evolução de quem o consome.
É um fato também que, ao ser exposto à temperatura superiores aos tais 43ºC, essas enzimas são literalmente destruídas, tornando o alimento, em tese, mais pobre nutricionalmente.
Mas há que se considerar que cada caso é um caso e aqui jamais defendemos radicalismos. Podemos, sim, enriquecer muito nossa dieta e a forma como nos relacionamos com nosso alimento inspirados na alimentação viva, sem a necessidade de adotá-la 100%.
Então, voltando ao nosso Tahine Cru, ele apresenta características nutricionais mais ricas que os tahines produzidos com gergelim torrado. É uma excelente fonte de cálcio, Vitamina E, fibras e gorduras saudáveis.
Por ser cru, nosso tahine é mais amarguinho que os convencionais, mas nada que impeça os amantes de tahine de se apaixonar. Feito em moinhos de pedra, sua textura e cremosidade são suaves e delicadas.
E é super versátil na preparação de hummus, topping de frutas, molhos para saladas, leite vegetal instantâneo, paçoquinhas e o que mais sua criatividade permitir!
Ah! E, além do Tahine Cru Bioporã, ainda tem mais dois sabores da família tahine: Cajuhine Bioporã, um tahine suavizado com a adição de castanha de caju, e o Multy Nutty, um super tahine funcional com sete castanhas e sementes.
Saiba mais e compre o Combo Gergelim com 5% de desconto aqui!
Escolhas e conquistas: a nova sede da Bioporã
26.09.18
Assim como na vida, empreender é uma sequência diária e interminável de escolhas que, ao longo do tempo, vão formando o conjunto da nossa obra.
No início de 2015, pouco mais de um ano após lançar a Bioporã no mercado e inaugurar o segmento de manteigas veganas artesanais no Brasil, decidimos iniciar a maratona da construção da sede própria. Eu e minha sócia, Lívia, estávamos decididos a criar raízes em Alto Paraíso de Goiás, município que é porta de entrada ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a 270km de Brasília.
Havia duas motivações principais para se decidir pela construção de uma sede própria. Primeiro, todos os poucos imóveis disponíveis para locação e com alguma chance de alojar nossa operação na cidade exigiriam investimento substancial para adequação sanitária e de fluxograma. Segundo, estávamos super tentados a ter uma sede própria – e quem não ficaria, ainda mais com o negócio bombando a ponto da oferta não cobrir a demanda?
Decidimos construir! Lívia não tinha nenhuma experiência ou gosto por construção civil. Já eu havia cursado 2o grau técnico em edificações e acompanhando diversas obras do meu pai, que já está em seu quarto condomínio. Foi natural que assumisse a frente do projeto.
Então, no início de 2015, já com dois lotes adquiridos no bairro industrial de Alto Paraíso, contratei uma arquiteta com boa experiência em plantas industriais e iniciamos a fase de projeto. Jamais considerei erguer um só tijolo sem ter uma planta aprovada pelos órgãos responsáveis por sua fiscalização em mãos (no caso, a Superintendência de Vigilância Sanitária – SUVISA e a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás, o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Obras do município). É muito comum ver empresários ignorando esta etapa e enfrentando dificuldades em adequar suas sedes. Como se diz, muito mais fácil ajustar um projeto no papel do que já executado.
Em janeiro de 2016, depois de um interminável ping-pong com a arquiteta, diversos estudos de fluxograma, visitas a outras fábricas e quatro apresentações na SUVISA em Goiânia, tinha um projeto aprovado em mãos, a primeira conquista!
Em março, começamos a obra de fato. Limpeza do terreno, terraplanagem, sondagem do solo, projeto de fundação, projeto estrutural, perfuração e concretagem de estacas etc etc etc. Usei diversos sistemas construtivos: estrutura pré-fabricada, paredes de alvenaria, placas isotérmicas, blocos de gesso, piso em uretano… Fazia minha estréia à frente de uma obra já com uma fábrica. Se um dia tiver condições de construir minha casa, vou fazer com um braço amarrado às costas e comendo Bioporã de dedo.
Legal compartilhar também que decidimos iniciar a obra mesmo sabendo que não tínhamos, na época, recursos financeiros suficientes para acabá-la. Foram três pausas na construção acionadas pela conta bancária zerada. Corri atrás de pai, mãe, irmã, bancos, consultores, programas de crédito, vendi dois carros e até joguei na Mega Sena. O que a gente faz quando realmente acredita em algo é algo incrível. Ah! E ainda nasceu minha caçula no meio de tudo, minha mãe sofreu um AVC bem grave, o Temer assumiu a presidência e agora o Bolsonaro lidera as pesquisas para presidente. Respira, respira, respira.
Agosto de 2018, vinte e nove meses após o início da obra, mudamos para a nova sede. Eu estava me sentindo no 15o round de uma luta contra um adversário três pesos acima. Mas quando ouço um “parabéns!” dos que lá chegam para visitar e conhecer, lembro que trata-se mesmo de uma grande conquista.
E escolhas que culminam em grandes conquistas como esta nos dão uma satisfação duradoura e a forte sensação de que estamos, de fato, trilhando nossos caminhos.
Quando estiver na Chapada, venha nos fazer uma visita!
Thiago Césare, sócio-guardião
Semana do Cerrado
12.09.18
Hoje é dia do Cerrado Brasileiro, bioma do qual a Bioporã tem orgulho de chamar de casa!
Com seus mais de 2 milhões de km², é o segundo maior bioma da América do Sul e lar de mais de 2 mil espécies animais, 11 mil espécies de plantas, incluindo nosso querido baruzeiro, muitas populações indígenas, quilombolas, ribeirinhos, conhecimento e cultura!
Não por acaso, nosso Cerrado detém o título de savana mais rica em biodiversidade do mundo. Super orgulho!
Infelizmente, nem tudo são flores de barus, pequis e caliandras.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, a taxa média de desmatamento do Cerrado chega a ser o dobro da observada na Amazônia e já temos mais de 50% de sua área original suprimida, sendo a pecuária a maior responsável.
Cadê o cerrado que tava aqui? O boi comeu. E quem comeu o boi?
Hoje, o desmatamento tornou o Cerrado uma das principais regiões emissoras de CO2 no país e, aliada à agropecuária, o que estamos testemunhando é o surgimento de um grande deserto em seu lugar, com baixa biodiversidade e solos cada vez mais incapazes de reter água e nutrientes.
Porém as queimadas também podem ser iniciadas de forma natural devido ao acúmulo de biomassa seca, palhas, baixa umidade e alta temperatura. Esta junção de fatores criam o cenário perfeito para tal.
O cerrado tem seu incrível poder de recuperação e consegue rebrotar em um curto espaço de tempo. Porém sua rápida regeneração é consequente de queimadas naturais e não aquelas ocasionadas pelo homem. Estas últimas têm como consequência a degradação do ambiente, esgotamento das terras, erosão e perda da biodiversidade do cerrado.
Lembra do que aconteceu ano passado?
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros sofreu o pior incêndio registrado de toda sua história.
Segundo o ICMBio, uma área de 65 mil hectares foi afetada, 26% da área total do Parque atualmente.
A gente contou aqui: https://biopora.com/acoes/1-por-cento-para-o-cerrado/
Mas somos otimistas e acreditamos que podemos mudar esta realidade!
Com a SEMANA DO CERRADO BIOPORÃ, queremos promover consciência sobre as riquezas deste bioma e maneiras que cada um de nós temos à disposição para protegê-lo.
Além disso, de hoje até domingo – 11/09 a 16/09 – 5% de nossas vendas aqui no site serão revertidas para iniciativas de proteção e uso sustentável do Cerrado.
Outra forma que podemos, juntos, contribuir para fazer a diferença! Vamos nessa?